Imagine Mahomie: Hate That I Love You (único)

#Especial de Natal e Ano Novo

- Me deixa em paz -eu disse enquanto apertava dezenas de vezes o botão do elevador-
- Vamos conversar por favor? -ele me dizia pela milésia vez-
- Já conversamos Austin, agora vê se me deixa em paz -entrei no elevador-
- Qual é o seu problema? -ele disse agora um tanto bravo-
- Você -as portas do elevador se fecharam e pude ouvir Austin dando um soco forte-
Sai do elevador e desci os poucos degraus de tinham para chegar na rua.
Acendi um cigarro e olhei para os dois lados da rua, que por um milagre estava vazia. Fui caminhando devagar para qualquer lado.
Como ele pode ser tão infantil? Eu não aguento mais esse garoto na minha vida! Ele está me pertubando, me deixando mais louca a cada dia que se passa, eu simplesmente cansei!
Joguei a bituca de cigarro no chão e pisei em cima.
Parei numa esquina, respirei fundo e voltei. Sim voltei, porque eu amo aquele filho da puta, não sei porque, droga eu odeio isso!
Fui andando em direção ao prédio em que eu morava junto ao Austin. Assim que entrei o porteiro avisou que Austin estava me procurando, mas eu nem dei muita atenção e já fui entrando no elevador. Parecia que o elevador nunca chegaria ao 7° andar, mas assim que chegou e a porta se abriu, ouvi Austin rindo, sai do elevador e fiquei escondida atrás da enorme coluna que havia ali.
- Sempre achei que vocês não dariam certo -ouviu um som de... beijo?-
- Ah é? E porque? -ouvi de novo aquele som-
- Porque sempre achei que você combinava mais comigo -a voz feminina disse em resposta e logo ouvi a porta bater-
Sai de atrás da coluna e fui andando pelo corredor em direção à porta do meu apartamento. Eu conhecia aquela voz, só não reconhecia, droga e se for quem eu estiver achando que é? Eu não respondo por mim.
Abri a porta devagar, senti minhas mãos começarem a soar. Fechei a porta e caminhei até o quarto, que por sinal estava vazio, estranhei porque... enfim, fui até a sala, achei.
- PIRANHA -gritei pegando nos cabelos daquela vagabunda que estava chupando meu namorado, ou ex- EU VOU ACABAR COM VOCÊ DESGRAÇADA
- calma Pâmpâm, eu posso explicar -joguei ela no chão e subi em cima dela-
- Ora Gisele, você se dizia tão minha amiga e agora estava quase dando para meu namorado, ou EX -olhei rápido para Austin mas logo voltei a encara la- você é uma vagabunda mesmo -dei lhe um tapa na cara-
- Pâmpâm, para por favor, eu juro que tenho uma explicação boa para isso -disse chorando desesperada-
- Primeiramente meu nome é Pâmilyn e não Pâmpâm porra e, segundamente eu não quero ouvir suas explicações

Dei diversos tapas em sua cara, depois segurei o cabelo dela e comecei a bater a cabeça dela no chão, mas só até sentir Austin me puxando por trás me tirando de cima dela

- Me solta -eu me debatia- EU VOU MATAR VOCÊS DOIS -comecei a socar o braço de Austin e pular em cima do pé dele

- Para Pâmilyn, chega já deu caralho -comecei a chorar muito-

- Eu odeio você -minha voz quase não saia, meus socos foram se diminuindo até parar de vez-

Austin me soltou e eu cai no chão mas logo ele me pegou e me colocou no sofá

- Me perdoa

- Não -disse quase sussurrando- eu cansei de te perdoar garoto, você só me faz sofrer, não sei porque ainda estou com você -consegui dizer entre os soluços-

- Me desculpe, eu não sou perfeito, e pode ter certeza, que minha última intenção era te magoar um dia, você é minha vida, meu tudo não sei o que será de mim sem você -ele também chorava, mas fraco, já eu parecia uma criança que caiu de bicicleta-

- Então você vai ter que descobrir

Me levantei e fui até o quarto. Peguei uma bolsa e joguei algumas roupas dentro, peguei meus óculos em cima da pequena cômoda e os coloquei saindo do quarto.

- Por favor não faça isso comigo, não faça isso com a gente -ignorei ele- você acabando com um relacionamento de 3 anos -voltei-

- Espera aí, como é que é? Eu Estou acabando? VOCÊ ME TRAIU DENTRO DA MINHA CASA E EU ESTOU ACABANDO COM A RELAÇÃO? -gritei nervosa- vá se fuder seu destruidor de corações

Disse e sai batendo a porta o mais forte o possível. Desci até o térreo e fui para a rua, e novamente me encontrava num beco sem saída, para onde eu vou?

Acendi outro cigarro e caminhei em direção ao bar da Lisa. Lisa é minha tia. Talvez ela deixe eu ficar na casa dela... ou não.

3 semanas seguintes...

Bem, aqui estou eu, de novo. Minha tia me aceitou na casa dela, porém a ideia de sair de casa e deixar Austin, era para esquecer ele, mas aí eu lembrei que sou chefe dele, e o pior é saber que não posso demitir ele, somente pelo fato dele ser o melhor funcionário. Eu não voltei ainda no apartamento para pegar o restante das minhas coisas, então resumindo, eu tenho apenas 4 trocas de roupas, mas hoje decidi que vou buscar minhas coisas. Segurei um dos botões do telefone fixo que tinha na minha mesa e disse:

- Fabí, manda alguém chamar o senhor Mahone, quero ele na minha sala agora mesmo -soltei o botão-

Digamos que em menos de 40 segundos, Austin apareceu.

- Oi meu amo... -parou e respirou fundo- mando me chamar chefe?

- Sim, hoje ainda vou passar no seu apartamento para buscar as minhas coisas

- Nosso apartamento

- Não existe mais nada que seja nosso, ou é meu, ou é seu

- Será que você não entende que eu te amo?

- Será que você não entende que eu odeio amar você?

- O amor e o ódio andam juntos -se aproximou-

- Não faz isso comigo -abaixei a cabeça-

- Isso oque? -segurou meu queixo e levantou minha cabeça, nossas respirações já se misturavam- o que você tem para eu te amar tanto assim?

Ele me beijou antes que eu ao menos pensasse em uma resposta óbvia, beijo calmo, lento e com saudade. Entrelacei meus dedos em seus cabelos e ele me abraçou pela cintura. e cada dia que se passava, nossos beijos se aperfeiçoavam ainda mais. Nos separamos por falta de ar

- Isso não poderia ter acontecido -disse à ele-

- Qual é, volta para mim Pâm? Deixa eu recomeçar e tentar te fazer feliz? O natal é amanhã, podemos recomeçar, e o recomeço pode ser como um presente de natal para nós dois, o que você acha? -eu sorri- você aceita?

- Eu... aceito -abracei ele-

Posso parecer uma idiota mas... eu amo ele.

Voltamos ao trabalho, eu fui checar a última lista de pagamento dos funcionários, e assim que acabei fui até a sala de Austin, ele estava com um caderno, escrevendo alguma coisa.

- Oque está fazendo? -perguntei curiosa-

- Nada -fechou o caderno e guardou- vamos?

- Sim

Saímos da empresa e fomos para o nosso ap..Assim que chegamos lá, Austin se jogou no sofá, maldito sofá.

- Amor da licença que eu quero mudar uma coisa nessa sala

- Ta, enquanto isso vou pegar um suco pra gente -se levantou e foi indo-

- Ta amor, pode ir lá -eu disse abrindo a porta da varanda-

Olhei lá para baixo e confesso que é bem alto, fui até o sofá e o empurrei até a varanda

- OQUE VOCÊ TA FAZENDO? -Austin pergunta assim que entra na sala e vê eu segurando o sofá para ele não cair antes da hora-

- Isso mesmo que você está vendo, de adeus à ele.

Soltei o sofá e Austin correu até mim

- Você está louca? poderia ter matado alguém!

- Claro que poderia, principalmente se a rua não estivesse interditada e alguém estivesse passando na hora

- Ah, sim mas não importa, onde vamos sentar agora?

- No chão, olha Austin, eu vou na minha tia buscar minhas coisas, já eu volto

Sai de lá e fui até minha tia

(...)

- Não é para abrir, só quando eu mandar

- Ta bom -eu disse segurando a fenda-

- Já pode abrir

Quando abri os olhos estava em uma praia maravilhosa, Austin estava na minha frente com um microfone na mão, muitas pessoas estavam ao nosso redor e tinha um telão enorme com a contagem regressiva. Voltei o olhar para Austin e ele começou a cantar uma música